Síndrome da Fragilidade
Com o aumento do número de pessoas idosas no mundo, a Síndrome da Fragilidade (SF) é uma condição não muito rara de ser instalada nessa população.
Essa síndrome se caracteriza pela redução da reserva funcional do organismo e da resistência aos estressores, resultando em declínios cumulativos em múltiplos sistemas fisiológicos, que por sua vez levam à maior vulnerabilidade e a desfechos clínicos adversos, muitas vezes graves.
Três sistemas fisiológicos parecem ser componentes integrais da fragilidade e centrais na compreensão das causas relacionadas com a maior vulnerabilidade aos estressores, associados à síndrome.
São eles:
Sarcopenia ou perda de massa muscular.
Disfunção imunológica.
Desregulação neuroendócrina.
A SF é um processo dinâmico, porém seu estágio inicial pode ser clinicamente silencioso, o que contribui para tornar o paciente mais vulnerável às suas complicações.
As manifestações clínicas mais frequentes são:
Sinais: Sarcopenia, osteopenia/osteoporose, anormalidades na marcha e no equilíbrio, desnutrição, marcha lentificada.
Sintomas: Perda de peso, fraqueza, anorexia, inatividade.
Para que o diagnóstico seja instituído, o paciente deve apresentar três das cinco características:
- Perda de peso não intencional
- Exaustão, fadiga
- Fraqueza muscular
- Baixa atividade física
- Lentidão da marcha
São recomendações para o tratamento a realização de atividade física, suporte nutricional, redução da polifarmácia (uso de múltiplos medicamentos) e suplementação de Vitamina D.
Uma ação geriátrica global centrada na pessoa idosa envolvendo a família e/ou cuidador e monitoramento regular por equipe de saúde capacitada é fundamental para prevenção das complicações que a Síndrome da Fragilidade pode causar.